No local funcionará o novo Ponto de Informações Turísticas de Tapiraí
A Prefeitura de Tapiraí iniciou em junho as obras de restauração do antigo Prédio da Câmara Municipal de Tapiraí.
Com a conclusão das obras, que deve ocorrer ainda este ano, funcionará no local o Ponto de Informação Turística – PIT “Casa Osawa – Memorial Içami Tiba”. A empreitada está sendo custeado com recursos próprios do Executivo Municipal e realizada pela empresa Engeba Engenharia.
As obras foram iniciadas com a aprovação do Poder Legislativo ao Projeto de Lei nº 008/2021 apresentado pelo prefeito Araldo Todesco para abertura de Crédito Adicional Especial no valor de R$ 517.478,98 para atender despesas com a reestruturação e instalação do PIT.
Com isso espera-se valorizar a história de nosso Município com a preservação deste icônico prédio construído pela família Osawa nos anos 1940 e que hoje está sem utilização e em situação precária.
QUEM FOI IÇAMI TIBA
Ilustre Tapiraiense, Içami Tiba foi um importante médico psiquiatra, professor e escritor de livros sobre Educação com várias obras publicadas no Brasil e no Exterior.
Filho de imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil em 1936, na época da 2ª Guerra Mundial, e se estabeleceram em Tapiraí e construíram um pequeno armazém de alvenaria chamado de “Casa Tiba – Secos e Molhados” onde, em 15 de março de 1945, nasceu Içami Tiba
Ainda jovem, Içami sonhava em ser caminhoneiro, mas inspirado pelo médico da cidade de Piedade, Dr. Imamura, resolveu seguir a carreira de Medicina. Formou-se em 1968 pela Universidade de São Paulo e em seguida especializou-se em Psiquiatria pelo Hospital de Clínicas da USP onde foi professor assistente por sete anos.
Sua especialidade era a psicoterapia para adolescentes e suas famílias, atendendo, em sua clínica particular, a mais de dois mil pacientes a cada ano, aos quais aplicava os princípios da Teoria da Integração Relacional, por ele próprio criada, e técnicas de psicodrama. Para Içami Tiba, a maior parte dos problemas psíquicos dos adolescentes pode ser atribuída ao comportamento de seus pais, que agem eles próprios como adolescentes. Esses pais, na expressão criada pelo médico, estariam vivendo numa fase de “adultescência”.
Içami faleceu em janeiro de 2015 em decorrência de um câncer. Seu corpo foi sepultado no Cemitério do Morumbi, em São Paulo.